'Só tinha um feto', diz diretor de hospital após grávida afirmar que 1 dos gêmeos que esperava sumiu
O diretor do hospital de Ilhéus, no sul da Bahia,
onde supostamente desapareceu um dos gêmeos que
a dona de casa Cleidiane Silva dos Santos estava esperando, afirmou que o médico responsável pela
cesárea, Fábio Pinheiro, estava preparado para fazer
o parto de duas crianças e que ficou "surpreso" quando
fez o corte e encontrou apenas um bebê.
O diretor Carlos Lira ainda disse que a mãe foi avisada
que, apesar de estar na expectativa de ter dois filhos,
apenas um bebê tinha sido gerado.
"Constou no diagnóstico pré-cesariano de gestação
gemelar, qual a surpresa quando ele [o médico] abre e
só tinha um feto. Esse fato foi presenciado pelo
neonatologista que assistiu a criança no momento do
parto, confirmando que só tinha uma criança. Segundo a pediatra, porque já investigamos isso, foi informado à
própria paciente", destacou o diretor.
A dona de casa diz, no entanto, que a última ultrassonografia
da gravidez dela foi feita no dia 3 de junho, quando ela
estava com 37 semanas, e confirma que ela estava grávida
de gêmeos e até descreve os dois fetos. A mulher também afirma que, antes do parto, ainda chegou a ser informada
no hospital que os dois bebês estavam bem.
"Na hora que eu dei entrada no hospital, a mulher foi, deu o toque e escutou o coração dos dois lados. Escutou dos
dois e falou que os dois estavam bem. Aí, ela mandou eu
tomar banho e ir para a sala de parto. E na hora que eu
tava no parto, só chegaram com um no outro dia ainda,
porque o menino ficou no berçário. Aí no outro dia
apareceram com um e eu faleu: cadê o outro? Eu vim
para a maternidade para ganhar dois e eu estou aqui
com a ultrassom, e eu escutei o coração dos dois lá
embaixo, e ela [a enfermeira] falou que os dois
estava (sic) bem. E como é que vocês aparecem aqui
com uma criança só?", contou.
A delegada que investiga o caso, Andrea Oliveira, afirmou
que a polícia ainda tenta esclarecer o que aconteceu.
"Temos duas alternativas: ou a a ultrassonografia está
errada, o laudo foi feito de forma errada, ou então
realmente havia duas crianças e uma delas está
desaparecida. Aí a gente tem que solucionar o caso e
ver onde está essa criança", disse a delegada
Andrea Oliveira.
Caso= Cleidiane Silva dos Santos reclama do suposto
sumiço de um dos bebês após o parto, que ocorreu no
dia 24 de junho, na Maternidade Santa Helena, anexo
ao Hospital São José, em Ilhéus. A dona de casa ainda
disse que foi sozinha para a maternidade e disse ter
passado mal na hora do parto, ter ficado sonolenta e
não ter visto quando os bebês teriam nascido. O filho
que Cleidiane recebeu se chama Laercio Antony. A outra criança, que se chamaria Bryan Antony, sumiu, segundo
ela.
A dona de casa conta que horas antes do parto ela foi
avaliada por uma enfermeira, que disse que estava
tudo bem com os dois bebês. "Ela falou bem assim:
os dois está (sic) bem, porque ela já tinha olhado no
negócio [ultrassonografia] que eram dois gêmeos.
Ela falou 'tá bem' (sic). Aí ela mandou tomar um banho
e ela mandou ir para a sala de parto", disse Cleidiane
Santos.
Cleidiane mora sozinha e recebe ajuda dos vizinhos
para cuidar do filho. Estava tudo pronto em casa pra
receber Laercio e Bryan. "Todo mundo estava
esperando de vim gêmeos, aí quando ela foi ter o
neném, que veio a resposta mais tarde, era só um,
e cadê o outro? Aí a gente não está entendendo",
questiona a tia de Cleidiane, Eva Cavalcante.
"A gente comprou roupa, outras pessoas também me
ajudou (sic) muito, teve o chá de fralda também, com
o nome dos dois, teve bolo, teve tudo", disse a Cleidiane.
Ao ser perguntada sobre qual o sentimento dela neste momento, ela afirmou: "De revolta e de tristeza, porque
eu não posso fazer nada".
O caso foi registrado na última quinta feira (6), na
delegacia de Ilhéus. "Nós estamos encaminhando um
ofício ao diretor da maternidade para que ele nos
encaminhe o prontuário médico de Cleidiane, assim
como nos forneça também, tanto o nome do médico
que fez o parto dela, quanto de toda a equipe médica
que acompanhou o parto, para que essas pessoas, posteriormente, sejam intimadas e ouvidas aqui em
audiência. Até porque, nós precisamos, realmente,
definir se houve o nascimento de uma ou duas
crianças", disse a delegada Andréa Oliveira.
FONTE: blogefecinco
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