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Racismo ultrapassa estádios, toma a internet e ataca até em e-sports

Relatório do Observatório da Discriminação Racial aponta 25 episódios ocorridos ao longo do ano passado; a maioria partiu de torcedores contra atletas

Racismo ultrapassa estádios, toma a internet e ataca até em e-sportsRacismo ultrapassa estádios, toma a internet e ataca até em e-sports
Por Martin Fernandez e Alexandre Alliatti, São Paulo
 

Gabriel Jesus, árbitro de várzea, a goleira da seleção brasileira, um jogador de e-sports. O interior do Rio Grande do Sul, a Suécia, o Uruguai, São Paulo. O racismo no esporte é uma praga que se espalha, não se restringe ao futebol e não se deixa limitar por fronteiras geográficas.
O terceiro relatório anual elaborado pelo Observatório da Discriminação Racial do Futebol (em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul) revela que em 2016 houve pelo menos 25 relatos de racismo – 18 deles em estádios brasileiros.
O cenário não é inédito: o levantamento é feito desde 2014, e episódios de preconceito são recorrentes. O novo relatório (que será divulgado na íntegra nos próximos dias) mostra que a discriminação é realidade também em outras modalidades.
Entre as vítimas há astros do esporte – como o atacante Gabriel Jesus, que foi ofendido em um jogo contra o Nacional do Uruguai pela Copa Libertadores – e gente desconhecida do grande público, como o árbitro Rafael Araújo, ofendido num jogo da Série A3 do Campeonato Paulista.
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