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A Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) prepara um evento de inauguração de um de seus mais importantes projetos religiosos: o Templo de Salomão, instalado no Brás, na região central de São Paulo.  (Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo)
O Ministério Público de São Paulo investiga se parte terra utilizada na terraplanagem do campus da USP Leste é proveniente do área onde foi construído o Templo de Salomão, inaugurado na noite desta quinta-feira (31) pela Igreja Universal, no Brás, região central da capital.
G1 não conseguiu localizar as assessorias de imprensa da Reitoria da USP e da Igreja Universal para comentar o assunto.
A Justiça paulista liberou na semana passada a volta das aulas no campus em Ermelino Matarazzo, na Zona Leste. A decisão de terça-feira (22) veio depois de um parecer técnico da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) que recomendou a liberação. O local estava interditado desde 9 de janeiro em razão de contaminação no solo.

Em 2013, alunos, professores e funcionários chegaram a fazer uma greve contra a contaminação do solo. A paralisação durou 50 dias e foi encerrada no dia 29 de outubro.
A área em que foi erguida a USP Leste funcionava anteriormente como um aterro de lixo orgânico. Com o tempo, o material se decompõe e começa a emitir gás metano, que é tóxico e explosivo.

Na ação civil pública movida contra a USP, professores e prestadores de serviço relataram aos promotores a utilização da terra retirada do templo, depois de negociação feita diretamente com o diretor do campus à época, o professor José Jorge Boueri.
Segundo o executor do serviço de terraplanagem, foram feitas cerca de 100 viagens de caminhão para levar a terra do templo para o campus, em um total aproximadamente 600 metros cúbicos de terra. Ao MP, o declarante relatou que o serviço foi pago pela empresa responsável pela construção do templo.

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