Um piloto da empresa Avianca, que viajava próximo ao voo da Chapecoense, relatou ter ouvido uma conversa entre a tripulação da aeronave acidentada e a torre de controle do aeroporto de Medellín, para onde o time iria para a disputa da final da Copa Sul-Americana. Segundo a “Rádio Caracol” e o site “El Espectador”, ambos da Colômbia, o piloto contou que a tripulação do voo da Lamia pediu prioridade de pouso no Aeroporto Rio Negro porque estaria com problemas de combustível.
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- Solicitamos prioridade para proceder, solicitamos prioridade para proceder ao localizador, temos problemas de combustível – teria dito o piloto da Lamia, segundo relato do piloto da Avianca, cujo nome não foi divulgado.
A falta de combustível é uma das possibilidades especuladas para a causa do acidente. Especialistas também não descartam a possibilidade de falha elétrica.
A controladora do aeroporto teria negado a permissão por conta de outro voo da empresa VivaColômbia. Foi quando o comandante do voo da Chapecoense decretou emergência.
O piloto da Avianca relatou ainda que a controladora pediu que ele pousasse na pista 1. Enquanto isso, a tripulação do voo da Chapecoense confirmou a pane elétrica e decretou situação de emergência.
- Agora temos uma falha elétrica, temos uma total falha elétrica.
Em seguida, a torre de controle perdeu o contato com o avião. No acidente, 71 pessoas morreram, entre eles 19 jogadores da Chapecoense e 21 jornalistas. Apenas seis sobreviveram.
Entre os sobreviventes, estava a comissária de bordo Ximena Suárez. Em conversa com o governador de Antioquia, Luís Pérez, ela relatou que “as luzes se apagaram repentinamente”.
De acordo com o jornal "El Tiempo", o capitão do voo da Lamia, Alejandro Quiroga Murakami, pediu repentinamente e aos gritos que o deixassem aterrisar no aeroporto porque tinha problemas de combustível. A versão será comparada com as gravações da torre de controle. Os controladores teriam cumprido os protocolos, dando sinal verde para o pouso do avião da VivaColômbia, que havia relatado problemas, deixando outros voos no ar.
As autoridades colombianas convidaram as brasileiras a auxiliarem na investigação a partir da análise das caixas pretas, que já foram encontradas. As caixas contêm os dados do voo, assim como as gravações de toda a comunicação da tripulação com a torre de controle.
Os investigadores vão verificar ainda se a Lamia cumpriu todos os protocolos de segurança internacionais que obrigam que todos os voos de linha ou privados tenham combustível de reserva para garantir as manobras de segurança necessárias. Ou seja, a aeronave tinha que ter combustível para ir para o aeroporto mais próximo ou sobrevoar o aeroporto por pelo menos 30 minutos.
Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/esportes/piloto-relata-dialogo-dramatico-de-voo-da-chapecoense-com-torre-de-controle-20564766#ixzz4RUZToWrz
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