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Circula nas redes sociais uma mensagem que oferece a possibilidade de consultar o Registrato do Banco Central e oferece ao leitor um link para que ele acesse a consulta. É #FAKE.

A mensagem falsa completa diz: "Consulte agora se você tem algum valor a receber! Saque instantâneo via PIX, mais de 7 milhões de brasileiros já consultaram e sacaram. Consulte agora." Em seguida oferece um link que menciona a palavra "registrato" e termina com "E/?/Consultar".

A palavra "registrato" remete ao Sistema Valores a Receber (SVR), do Banco Central. O Fato ou Fake enviou uma cópia da mensagem à assessoria do Banco Central, que respondeu por e-mail que o "material citado não é do BC".

Além disso, uma pesquisa do link sugerido pela mensagem falsa na plataforma PSafe revela que o endereço é perigoso e não deve ser acessado. Veja abaixo o aviso gerado pela plataform após a inserção do link sugerido pela mensagem falsa:

É #FAKE mensagem que oferece link para verificar saldo no Registrato do Banco Central
É #FAKE mensagem que oferece link para verificar saldo no Registrato do Banco Central Foto: Reprodução

Explicação

O Banco Central de fato criou um sistema para clientes consultarem valores a receber de bancos e instituições financeiras. O serviço pode ser acessado a partir da aba "Valores a Receber" no sistema Registrato, por meio do site do Banco Central. Mas, diante da grande procura, o site ficou fora do ar um dia após a instituição disponibilizar o novo sistema. A consulta de dinheiro "esquecido" em bancos só voltará a ficar disponível dia 14 de janeiro, de acordo com a previsão do BC.

Em nota divulgada em 27 de janeiro e reencaminhada ao Fato ou Fake, o BC faz um alerta para que as pessoas não caiam em golpes utilizando o SVR. "O BC não entra em contato com os cidadãos. (...) A solicitação de resgate no SVR será feita por meio de usuário e senha e os recursos serão transferidos diretamente das instituições financeiras para os cidadãos, que não devem fazer qualquer depósito prévio a qualquer pessoa ou instituição."

Como funciona o serviço

O serviço permite que pessoas e empresas consultem se têm valores a receber de instituições financeiras das quais já tenham sido clientes. Esses valores são, por exemplo, depósitos não retirados após o encerramento de contas.

Quando estava em funcionamento, o serviço podia ser acessado a partir da aba "Valores a Receber" no sistema Registrato do Banco Central.

Segundo o BC, nesta primeira fase do serviço, são cerca de R$ 3,9 bilhões de valores a serem devolvidos para 24 milhões de pessoas físicas e jurídicas. Os valores decorrem de:

  • contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível;
  • tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de Compromisso assinado pelo banco com o Banco Central;
  • cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito;
  • e recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.

Ao todo, o Banco Central estima que os clientes tenham a receber cerca de R$ 8 bilhões. O restante dos valores será disponibilizado no decorrer deste ano de 2022, resultado de:

  • tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, previstas ou não em Termo de Compromisso com o BC;
  • contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
  • contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários encerradas com saldo disponível;
  • e outras situações que impliquem em valores a devolver reconhecidas pelas instituições.

Balanço

Ainda de acordo com o BC, apesar da instabilidade no sistema oficial, 79 mil cidadãos conseguiram acessar o sistema entre segunda e terça-feira, quando o site ainda estava no ar, e concluir 8,5 mil solicitações de devolução.

Esses pedidos somam cerca de R$ 900 mil e, segundo o Banco Central, "serão transferidos via PIX em até 12 dias úteis".

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