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Vou falar um pouco do que ainda se chama de Carnaval especialmente o de Salvador, como eu já disse ao Clévio Carvalho não foi o Carnaval dos sonhos, muito menos o Carnaval do AXÉ, pois "o aniversariante não compareceu". Cantores cansados, sem espírito para a festa, parecia mais uma festinha de largo qualquer, põe uns camarotes e coloca uns trios pra passar. O AXÉ tem tanta música, que dava pra fazer um repertório somente de músicas do passado para homenagear o aniversariante, mas o que vi foi somente repetições de músicas consagradas do AXÉ, como Chame Gente, Baianidade Nagô, We Are The World of Carnaval, entre outras músicas que não tem dificuldade ao cantar, pois o público vai ao delírio, enfim lembraram que existe Luiz Caldas e seu Fricote, também né do AXÉ só Luiz Caldas foi lembrado, que custa cantar Maria Joaquina, que custa cantar Senegal, Madagascar, da Banda Reflexus, que custa lembrar de Netinho Oficial e músicas como Milla, a vida é uma festa, beijo na boca, entre outras, Gil Gilmelandia, Pimenta Nativa, Banda Beijo, Tatau, Olodum, Banda Mel, Ricardo Chaves, Moraes Moreira, entre outros que são do Axé ou Pré-Axé, esqueceram de muita gente boa e deram espaço para Anita, Sertanejo Universitário, Arrocha, entre outras formas de música que não tem nada a ver com Carnaval. Contudo, esse Carnaval só foi bom pra uma pessoa, Claudia Leite, pois o abadás da mesma estava valorizadissimos chegando a bater picos de 500 reais a sexta de Cocobambu, outros cantores mantiveram sua média como Saulo, Ivete, Daniela, foram o padrão de sempre, outros estão em decadência, Bell Marques pós Banda Chiclete com Banana não estar nem ai mais pra sua carreira, mas está estritamente ligado a carreira dos filhos que ainda não emplacou, Bell não tem repertório para 5 horas de bloco, como sempre faz um ciclo de músicas e depois volta ao inicio de tudo de forma seletiva, é como o cachorro que tenta pegar o próprio rabo, Durval está cansado e ponto final, EVA cresce a cada dia, Chiclete com Banana quem sabe um dia emplaca, a responsabilidade em cima do Rafa é grande, pois substituir Bell não é pra qualquer um, no demais o resto é periferia do Axé ou do quase Axé, quem são eles segue ai alguns Tuca, Jamil, Duas Medidas, Alexandre Peixe, Babado Novo, 8794, entre outros. No demais, o Carnaval foi cansativo, massante, e parece que um dia vai extinguir, se é que já não está com dias contados, o sistema de cordas é um sistema fálido, e não me venha governo municipal e estadual me dizer que esse Carnaval é democrático, pois não é. O Carnaval para pipoca ainda é pequeno, a maioria ainda vê o bloco passar, por isso palmas para Saulo que mete dois dias de pipoca no Campo grande, palmas para a rainha Mercury que meteu dois dias de pipoca sendo um no CG e outro na Barra, palmas para a rainha que voltou ao CG depois de 20 anos, palmas para a rainha que voltou pela Carlos Gomes desobedecendo a ideia do Conselho do Carnaval em terminar na Castro Alves, palmas para rainha que quando passa encanta. A decadência de produção cultural do Axé é enorme, tínhamos anos que eram 10 músicas de Axé concorrendo ao pleito de melhor música do Carnaval, esse ano não tinha uma, e o Axé não está em crise, imagine se tivesse, Sertanejo Universitário invadiu os corredores da Folia, os Camarotes, e desconstruiu o sentido de Carnaval, por isso as pessoas estão assim sem espírito pra festa, é um tanto faz tanto fez, o que tocar está de bom tamanho. Termino dizendo tenho saudade da década de 80 e 90, tempo bom que não volta mais. Axé achei que bem me fez.
 
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