Preso acusado de organizar o show clandestino do cantor Belo, no pátio de um colégio estadual, no Parque União, Complexo da Maré no Rio de Janeiro, Celio Caetano afirmou a polícia que nenhum evento acontece na região sem o consentimento do chefe do tráfico local, Jorge Luiz Moura Barbosa, o Alvarenga.
Trechos do depoimento prestado na Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), foram divulgados pelo jornal ‘Extra’ nesta terça-feira (23).
Celio afirma ter sido contratado verbalmente por um DJ para organizar o evento, para o qual ele forneceria uma equipe de som pelo valor de R$ 5.500. O fornecedor relatou a polícia não ter tido contato com qualquer traficante da comunidade.
“O depoimento deixa claro que o Celio em momento algum realizou a contratação de qualquer artista e tampouco foi o responsável pela realização do evento. Como ele frisou na delegacia, ele apenas forneceu o equipamento de som que foi usado por DJs antes e depois do show do Belo”, defendeu o advogado Walter Marcelino de Araújo Neto.
Celio ficou preso por pouco mais de 24 horas até conseguir um habeas corpus, o mesmo tempo de Belo e Joaquim Henrique Marques Oliveira.
O rapaz teve os bens apreendidos e valores bloqueados da conta corrente. Celio, Belo e Joaquim são investigados pelos crimes de causar epidemia, infringir medida sanitária preventiva, organização criminosa e pela invasão da escola.
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