A Bahia tem um percentual de iniciação sexual precoce maior que o
nacional. No estado, 35% dos adolescentes com idade entre 13 e 17 anos e
que frequentam a escola revelam já ter tido alguma relação sexual, o
dado é menor que o índice de 35,4% do país. Só que dentro desse grupo
dos que já haviam feito sexo alguma vez na vida, na Bahia quase 4 em
cada 10 revelaram que a primeira relação aconteceu antes dos 13 anos de
idade. Nesse ponto o indicador nacional ficou em 36,6%.
Os dados constam na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE)
2019 divulgada nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) e mostram que o estado é o 9º com a taxa
de iniciação sexual precoce mais elevada do país.
O levantamento mostra também que o percentual dos estudantes baianos
que já haviam tido relação sexual era bem maior entre os homens (40,8%)
do que entre as mulheres (29,8%). Ao considerar o tipo da rede também se
notou desigualdade. Entre os alunos da faixa etária pesquisada da rede
pública 36,3% já tiveram alguma relação sexual. Na rede privada o índice
foi de 25,1%.
Entre os meninos que admitiram que tiveram relação sexual antes dos
13 anos o percentual foi de 44,8%. Já entre as meninas foi de 33,1%.
De acordo com a PeNSE 2019, 4 em cada 10 adolescentes baianos que já
haviam feito sexo não utilizaram camisinha na primeira relação. O
percentual não mudava muito quando a pergunta dizia respeito à relação
sexual mais recente. Os dados mostram que 38,8% não tinham feito uso de
camisinha nessa ocasião.
Gravidez
A pesquisa mostra que na Bahia, uma em cada 10 estudantes mulheres de
13 a 17 anos que haviam tido relação sexual admitiram já ter
engravidado (12,1%). O percentual identificado no estado ficou acima do
nacional (7,9%). O índice também colocou a Bahia na 5ª posição entre os
estados do país, num ranking liderado por Alagoas (15,3%), Maranhão
(13,3%) e Acre (12,8%).
A pesquisa também identificou desigualdade marcante entre o
percentual de meninas que já haviam ficado grávidas entre as alunas da
rede pública (13%) e particular (1,7%).
No último mês, o IBGE revelou que paternidade a partir dos 15 anos é realidade para mais de 67% dos baianos