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'Morra quem morrer': A gripezinha que não para de nos assustar

'Morra quem morrer': A gripezinha que não para de nos assustar

O prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, pode não ter tido a intenção, mas resumiu bem a forma como muitos brasileiros têm encarado a pandemia do novo coronavírus. Depois de mais de três meses de confinamento, com a ausência de uma política integrada em todo o país e pouca prática do ponto de vista econômico - com exceção do auxílio-emergencial -, ninguém em sã consciência suporta as sucessivas prorrogações das medidas restritivas. No entanto, elas ainda são necessárias. A reabertura abrupta dos serviços vai provocar aquilo que desde março tentamos evitar: o caos. É o “morra quem morrer”, proferido pelo antológico coronel itabunense.

 

A fala dele em meio a uma tosse recorrente é sintomática. Sabemos que a Covid-19 é um problema extremamente complexo e não há solução simples para resolvê-lo. Sabemos que o isolamento social é, até agora, a forma menos traumática de evitar que o número de contaminados e mortos seja ainda maior. Sabemos que é preciso manter os cuidados para não haver o colapso da saúde. Mas, ainda assim, insistimos em falar em reabertura das atividades. Não apenas por razões econômicas, como aconteceu nos primeiros instantes, mas para minimizar o efeito nefasto que a doença terá em todo o país.

 

O governador Rui Costa minimizou a fala do prefeito de Itabuna. Agora aliado, Fernando Gomes mereceu o afago do gestor baiano, algo que não aconteceria até muito recentemente. Porém o chefe do Executivo estadual ponderou que há uma pressão muito grande para que os prefeitos retomem um mínimo de normalidade possível. A dificuldade é encontrar um meio termo entre o distanciamento social e os protocolos adequados que permitam o retorno gradual do comércio e dos serviços sem ondas massivas de contaminação. Por isso é tão desafiador articular o programa de reabertura.

 

Na capital, o prefeito ACM Neto reforçou ser um erro fingir que o coronavírus se foi, o que pode provocar medidas ainda mais duras. O lockdown, que era aguardado em Salvador, não tem previsão de acontecer, graças ao esforço de todos os envolvidos no enfrentamento à pandemia, incluindo aí a população que, malmente, conseguiu cumprir parte das recomendações. Ou seja, forçar o comércio a abrir, como criticava Fernando Gomes, é provocar exatamente a fala dele: “morra quem morrer”.

 

A frase é extremamente infeliz, quando se pensam em
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