Os brasileiros estão consumindo mais bebidas alcoólicas. Ou melhor, as brasileiras: 17% das mulheres adultas afirmaram ter bebido uma vez ou mais por semana em 2019. O índice é 4,1 maior do que era em 2013 (12,9%), aponta a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde.
O levantamento mostra que, puxado por esse aumento entre as mulheres, 26,4% da população adulta bebia semanalmente em 2019 contra 23,9% em 2013. Entre os homens, a variação não foi tão significativa: 36,3% para 37,1%, entre 2013 e 2019.
No comparativo por faixa etária (ambos os sexos), a maior proporção de pessoas que beberam pelo menos uma vez na semana foi de adultos com 25 a 39 anos (31,5%), seguida de perto por jovens de 18 a 24 anos (30,4%). Apenas 17% dos idosos de 60 anos ou mais consomem bebida alcoólica no Brasil, a faixa com o menor resultado.
POR RENDIMENTO
Já no comparativo por faixas de rendimento per capita, nota-se um padrão: quanto maior o rendimento, maior a proporção de pessoas que consomem bebida alcoólica. O índice começa com 18,6% entre os sem rendimento, chega a 27,8% entre os que estão na faixa de mais de 1 a 2 salários e dispara entre os que ganham mais de 5 salários: 49%.
O consumo de bebida alcoólica, sinaliza a pesquisa, é um dos maiores fatores de risco para a população, sendo considerado uma das principais causas de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), bem como dos acidentes e violências.
BEBIDA E DIREÇÃO
A pesquisa também mostra a proporção de motoristas que conduziram carro ou motocicleta após o consumo de bebida alcoólica. O resultado aponta que 17% dos motoristas brasileiros dirigiram após beber, percentual que foi menor nas regiões Sul e Sudeste (14,8% cada) e maior no Norte (23,4%). Na área rural, a proporção foi maior que a média nacional, de 22,5%, enquanto na área urbana ficou em 16,2%.
No recorte por gênero, a proporção de mulheres motoristas que conduziram carro ou moto após o consumo de álcool foi de 7,8%. Já entre os homens motoristas, o percentual chegou a 20,5%, ou um em cada cinco. Na comparação por idade, adultos de 25 a 39 anos apresentaram a maior proporção: 21,2%, enquanto idosos de mais de 60 anos tiveram a menor, 11%.
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