Foto: Reprodução / Ciclo Vivo
Esses "bosques da memória" serão plantados em áreas que precisam recuperar o vigor da vegetação e o habitat para a fauna. As ONGs criaram uma plataforma (www.bosquesdamemoria.com) para que os plantios sejam registrados num banco de dados, com localização, quantidade de árvores, espécies e fotos para monitorar o crescimento.
"Vamos manter os bosques vivos. Esse é um compromisso com as famílias", explica Ludmila Pugliese, coordenadora do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, uma das redes na organização da campanha.
As outras duas são a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e a Rede de Ongs da Mata Atlântica, que reúne 280 organizações que trabalham com conservação. É essa capilaridade e a experiência de décadas que permitiu estabelecer a meta de plantio num dos ecossistemas mais degradados do Brasil, hoje reduzido a 11,73% da vegetação original.
Os plantios podem ser feitos por empresas, instituições públicas, governos e outras entidades. Vinte bosques já foram plantados.
Um deles fica num assentamento de reforma agrária em Presidente Epitácio (SP) e terá 2.000 mudas. O plantio está sendo feito pela Apoena (Associação em Defesa do rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar), com espécies nobres da mata atlântica, como aroeira, jequitibá, jatobá, peroba rosa e os ipês amarelo, branco e roxo. "A ideia é fazer com que cada pessoa que morreu possa, de certa forma, renascer numa árvore", explica Djalma Weffort, presidente da Apoena.
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