Um dos novos alvos da Operação Faroeste, que teve suas fases 6 e 7 deflagradas nesta segunda-feira (14), a cantora Amanda Santiago, ex-integrante do grupo Timbalada, teria tido seu nome ligado aos crimes investigados pela Polícia Federal (PF) após da delação premiada de Júlio César Cavalcanti Ferreira, um dos advogados acusados de fazer parte do esquema de compra e venda de decisões e sentenças.
Amanda é filha da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, ex-presidente de Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que se encontra presa no âmbito da mesma operação.
A cantora teria movimentado cerca de R$ 8 milhões no
período levantado pela PF, valor não condizente à sua renda declarada
no período, de cerca de mil reais.
Um trecho do processo diz que
"o núcleo da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago está
envolvido em tratativas suspeitas em torno do processo nº
8003357-07.2018.8.05.0000, com especial destaque para Amanda Santiago
Andrade Souza, que apesar de apresentar elevada movimentação de capital
no período analisado (R$ 8.091.663,00), possui renda declarada de apenas
R$ 1.000,00".
De acordo com suas movimentações bancárias,
Amanda teria feito transferências de valores que chegam a R$ 80 mil para
sua mãe. Estes valores teriam sido utilizados para a compra de um
imóvel em Praia do Forte, localidade turística de Mata de São João,
avaliado entre R$ 1,5 milhão e R$ 2,5 milhões.
Atualmente, a casa é alvo de litígio, visto que a antiga proprietária acusa Maria do Socorro de se apropriar ilegalmente da residência, já que o imóvel teria sido vendido pelo marido da ex-dona da casa por valores menores que os desejados e sem sua permissão.
A acusação também sustenta que Amanda realizou operações financeiras em parceria com Adailton e Geciane Maturino, movimentando quantias de até R$ 1 milhão.
Adailton Maturino é apontado como líder do esquema de compra e vendas de sentenças em processos de grilagem de terras no Oeste da Bahia.
Ainda de acordo com as investigações, Amanda também
teria realizado um saque em espécie de R$ 500 mil, com o objetivo de
dificultar a vinculação criminosa entre os investigados.
"Tem-se, enfim, a repetição do bem sucedido modelo de captação de
vantagens indevidas da região de Coarceral, dessa feita, em porção
territorial maior, nominada de Estrondo, em que Adailton Maturino,
justamente como sua esposa Geciane Maturini, reafirmam posição criminosa
frente à Maria do Socorro, a qual se vale de sua filha Amanda Santiago,
para incorporação de propina", informa o processo.
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