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Um casal do interior do Ceará está prestes a encerrar 2020 em meio a um pesadelo. Gabriela Fernandes Moreira e o marido Thallys Lima conseguiram realizar o sonho de adotar um filho, mas tiveram a vida revirada logo depois. É que a Justiça voltou atrás na decisão e avisou que eles teriam que devolver o bebê, além de voltar para o final da fila de adoção. De acordo com Gabriela, a situação toda ocorreu por causa de um erro que o próprio juiz do caso admitiu ter cometido.

A jovem fez várias postagens nas redes sociais explicando o ocorrido. Em uma das publicações, ela aparece chorando muito. “Em 2018, eu dei entrada num processo de adoção, fiz um curso no fórum e não recebi o certificado, não foi por culpa minha. Muitas vezes eu fui lá no fórum procurar esse certificado”, diz.
 
Sem o documento, ela sabia que não conseguiria ficar na fila de adoção – mas isso mudou em setembro deste ano, quando Gabriela foi informada por um juiz de que poderia adotar um menino.

“Eu recebi uma ligação da coordenadora do abrigo e fui até lá. Quando cheguei lá, tinha um bebê de um mês, aí eu disse pra ela: ‘Como chegou a minha vez se faltava o certificado do curso?’”, conta Gabriela, que explica ainda que a coordenadora do abrigo garantiu que o juiz havia liberado. “Ela disse: ‘Mas o juiz disse que chegou a sua vez. A vez é sua, não tem nenhuma briga judicial por essa criança”.

Com a liberação, Gabriela e o marido deram continuidade ao processo. Eles passavam os finais de semana com o bebê, mas ela ainda estava inquieta quanto à situação legal. “Eu perguntava: ‘Você tem certeza que esse bebê é meu? Eu nunca vou perder ele?”, lembra.
Mas infelizmente, menos de um mês depois, o pesadelo começou. “No dia da audiência, ela não aconteceu. Eu passei a semana da criança inteira com o meu filho, o quarto dele está todo pronto e aí o juiz mandou me chamar e disse que queria pedir desculpas”, conta Gabriela.

Juiz volta atrás
Durante a conversa com o magistrado, Gabriela foi informada de que teria que devolver o bebê. “Ele disse que eu ia ter que devolver o meu filho, aí eu disse para ele que não aceitava e ele me pediu desculpa e disse que foi um erro dele, que ele não viu que estava faltando esse documento”, conta. A jovem lembra ainda que o juiz indicou que ela procurasse conversar com a promotora do caso, mas que também não conseguiu ajuda.

“Eu fui conversar com ela desse jeito que eu estou aqui, desesperada. E ela disse ‘eu não posso fazer nada por você, o que eu posso fazer por você é sentar e chorar’”, lembra Gabriela. A jovem ainda conta que a promotora deixou claro que ela enfrentaria uma briga judicial. “Ela disse: ‘Se você ganhar aqui em Tinguá, eu vou recorrer para Fortaleza. Se você ganhar em Fortaleza, eu recorro para Brasília.
 
 

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