O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta
segunda-feira, em entrevista coletiva, que a entrega do estudo
conclusivo do Butantan sobre a CoronaVac no dia 23 de deste mês, e o
pedido de registro definitivo, no mesmo dia, à Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), visa garantir agilidade no processo de
certificação não apenas no Brasil, mas em outros órgãos internacionais.
Com essa estratégia, a vacina não deverá ter certificação para uso
emergencial, mas definitivo e poderá ser exportada para outros países. A
mesma solicitação - de registro definitivo - será igualmente levada à
NMPA (National Medical Products Administration), instituição chinesa
responsável pela regulação de medicamentos.
"Os brasileiros querem agilidade, querem as vacinas e sua proteção. Não
aguentam mais viver em meio a uma pandemia que mata, hoje, mais de 600
brasileiros por dia", afirmou o governador paulista. "Quanto mais rápido
vacinarmos de forma segura e planejada, mais vidas serão salvas no
Brasil. Vamos vacinar imediatamente, começando em janeiro e com as
vacinas que estiverem disponíveis, não importa a sua origem", emendou.
Segundo o governador, a decisão atende a uma recomendação do comitê
internacional independente que acompanha a pesquisa desenvolvida em
parceria entre o Instituto Butantan e a biofarmacêutica Sinovac Biotech,
da China. Ele informou que o instituto brasileiro e a empresa chinesa
decidiram encerrar a fase três do estudo clínico no País nesta semana,
já que o patamar ideal de 154 voluntários com diagnóstico positivo de
coronavírus foi superado.
De acordo com informações do governo
paulista, hoje, a fase 3 do Butantan registra 170 voluntários
contaminados. O estudo conclusivo vai medir a taxa de eficácia do
imunizante comparando quantos receberam a substância inócua e quantos
tomaram a vacina A taxa mínima recomendada pela própria Anvisa é de 50%
como parâmetro de proteção.
A expectativa do governo Doria é
obter o registro da vacina do Butantan até o final deste ano. "O Plano
Estadual de Imunização prevê início da campanha em 25 de janeiro, com a
autorização da Anvisa ou de órgãos internacionais equivalentes, conforme
previsto na legislação brasileira", diz o governo paulista.
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