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A culpa não está nas redes sociais, a responsabilidade é nossa!

A culpa não está nas redes sociais, a responsabilidade é nossa!

Esta semana nos chocamos com mais um golpe. O retorno da boneca Momo, figura inspirada em uma escultura japonesa que já aterrorizou o whatsapp propondo desafios macabros de asfixia para crianças, levando crianças à morte. Agora, ela aparece em meio a vídeos infantis no Youtube Kids! A boneca assustadora aparece (de surpresa) no meio do vídeo ameaçando e ensinando crianças a cometerem suicídio, inclusive demonstrando com imagens como fazer.



É muita maldade. Concordo e não sei o que levam pessoas a fazerem isso ( inserir mensagens macabras dentro de uma programação infantil) , mas a maldade sempre existiu, é tão velha quanto o mundo. Mas, porque temos deixado que elas entrem de forma devastadora em nossas casas? Até quando vamos ignorar sinais, vamos arrumar desculpas para a falta de controle sobre a educação e sobre os conteúdos que autorizamos aos filhos?



O que de verdade falta a nós, pais, é querer pagar o preço de educar e arcar com essa responsabilidade. Porque educar bem dá muito trabalho, exige muita paciência, demanda tempo e na nossa sociedade é tudo muito volátil.

Estamos viciados em tecnologia e não estamos nos dando conta que estamos expondo nossos filhos aos mesmos conteúdos viciantes, que estimulam um consumismo exagerado e publicidades nocivas, que nem nós mesmos adultos conseguimos controlar. E o grande problema é que você tem tido contato com esses conteúdos provavelmente após os 20 anos, já os nossos filhos estão tendo esse contato desde a mais tenra infância.



A RESPONSABILIDADE SOBRE O CONTEÚDO QUE CHEGA AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES É DOS PAIS. Crianças não possuem discernimento, crianças não tem maturidade sobre o que é apropriado ou não; crianças não são capazes, ou não deveriam ser, de decidir o que podem ou não fazer. Essa tarefa pertence a nós pais.

Uma boneca não mata e não causa suicídio. O suicídio acontece quando renunciamos o nosso papel de pais ou não queremos ser chatos, quando não queremos nos indispor, quando não queremos ouvir ataques de birras e choros... O que suicídio  acontece quando substituo minha presença por um tio, ou amiguinha da rede social, quando não tenho conhecimento sobre o que meu filho que ainda não tem 12 anos está vendo em canais; acontece pelo distanciamento dos pais e responsáveis, quando há falta de diálogo e quando não estamos atentos ou simplesmente ignorarmos sinais.



Claro que atos como estes merecem ações, punições e responsabilização por parte das redes sociais e de quem produz o material, mas o que não podemos é transferir às redes sociais um papel que é nosso. O mundo oferece o que tem, mas cabe a nós que ensinarmos e zelarmos pelos nossos filhos...



Vamos parar um pouco, vamos refletir sobre o que querermos para os nossos filhos, sobre como podemos protegê-los, nas redes sociais e fora delas. Seja chato, seja careta, seja jeca, mas lute pela vida do seu filho, eles são o que temos de mais importante! Este sim é o desafio!



Nine Lima - Mãe de gêmeos

Bacharel em Administração de empresas
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