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O jornalista William Bonner e sua colega, Renata Vasconcellos, voltaram a fazer um longo desabafo no Jornal Nacional deste sábado, 20.


No dia em que o número de mortes causadas pelo coronavírus no Brasil ultrapassou as 50 mil, eles disseram que o momento é de sentir empatia pela dor do outro.

"Uma nação se define como uma reunião de pessoas que partilham sentimentos, afeto, laços, cultura, valores, uma história comum. Empatia é a capacidade que o ser humano tem de se colocar no lugar do outro, de entender o que o outro sente. Uma nação chora seus mortos, se solidariza com aqueles que perderam pessoas queridas. 50 mil. Diante de uma tragédia como essa, uma nação para, ao menos um instante, em respeito a tantas vidas perdidas. É o que o Jornal Nacional está fazendo agora diante desses rostos que temos perdido desde março", disse Renata.

Foi então que Bonner deu o seu recado com muita ênfase.

"É um sinal muito triste dos tempos que vivemos, que tenhamos que explicar esta atitude. Não para a imensa maioria do povo brasileiro, de jeito nenhum, mas para uma minoria muito pequena, mas muito barulhenta, para quem o que nós fazemos, o jornalismo profissional, deveria, se não fechar completamente os olhos para essa tragédia, pelo menos não falar dela com essa dor. O JN já pediu, você lembra, que a gente parasse para respirar porque tudo vai passar. O JN já lembrou que as vidas perdidas não podem ser vistas só como números. E a gente pede mais uma vez, a gente repete também que 50 mil não são um número, são pessoas que morreram numa pandemia. Elas tinham família, mães, pais, tios, avós, colegas de trabalho", afirmou.

Duro, ele também avaliou que, no futuro, a conta vai chegar.

"A história vai registrar também aqueles que se omitiram, que foram negligentes, que foram desrespeitosos. A história atribui glória e atribui desonra. E história fica para sempre", afirmou Bonner.

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