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 [Ministro da Justiça acionou PF contra sociólogo que comparou Bolsonaro a 'pequi roído']

Foto : Reprodução

Por Juliana Rodrigues no dia 17 de Março de 2021 ⋅ 09:00

O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, ordenou a abertura de um inquérito pela Polícia Federal para investigar um sociólogo e um microempresário por duas placas de outdoor com críticas ao presidente Jair Bolsonaro. A informação é da coluna de Rubens Valente, no UOL. Uma das mensagens, instaladas em agosto numa avenida de Palmas (TO), diz que Bolsonaro vale menos que um "pequi roído", que no Tocantins significa algo sem valor ou importância.

O inquérito foi determinado pelo ministro em dezembro e aberto em 6 de janeiro deste ano por um dos setores mais influentes da direção-geral da Polícia Federal em Brasília, a Diretoria de Inteligência Policial (DIP), por meio da sua Divisão de Contrainteligência Policial. A coluna teve acesso às 56 páginas da investigação.

"Diante dos fatos narrados, requisito ao diretor-geral da Polícia Federal que adote as providências para a abertura de inquérito policial com vistas à imediata apuração de crime contra a honra do presidente da República", escreveu o ministro André Mendonça, em 8 de dezembro. O despacho foi encaminhado ao chefe de gabinete da direção-geral da PF, que o enviou para análise da Corregedoria. O corregedor-geral da PF, João Vianey Xavier Filho, concluiu que "está manifestada a opção de se conduzir eventual investigação do fato pela DIP/PF".

O inquérito retoma um procedimento que começou em agosto do ano passado a partir da iniciativa de um bolsonarista, o "empresário do ramo imobiliário, gestor de negócios e produtor rural" Celso Montoia Nogueira. Nas eleições de 2020, ele se lançou candidato a vereador de Palmas (TO) pelo PRTB com o nome de "Montoya Bolsonaro", mas não se elegeu.

A princípio, a PF opinou pelo arquivamento, posição corroborada pelo procurador da República Higor Rezende Pessoa. No entanto, ele determinou que André Mendonça fosse cientificado para que, "querendo, proceda com a representação". Foi o que o ministro da Justiça fez, em dezembro passado.

Procurado pelo jornalista do UOL, o Ministério da Justiça não se manifestou.

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