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Foto: Carolina Antunes/PR
Foto: Carolina Antunes/PR

 

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou que tenha chamado o novo coronavírus de ‘gripezinha’ em algum momento durante a pandemia. Em live na quinta-feira (11), o militar reformado disse que nunca minimizou a gravidade da doença.

“Eu quero aqui, rapidamente, dar uma entrada, em especial àqueles que nos criticam sem qualquer base. ‘Ah, o governo abandonou no tratamento ao covid, ah, ele é antivacina, ele falou que era uma gripezinha’. Estou esperando alguém mostrar um áudio ou um vídeo dizendo que era uma gripezinha. Estou esperando”, afirmou.

Em 20 de março de 2020, contudo, o presidente disse que “depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar”. A declaração foi amplamente divulgada pela imprensa nacional e internacional. Na época da fala, o Brasil já ultrapassava 160 mil óbitos em virtude da Covid-19. No mesmo mês, o militar reformado também se referiu à doença como gripezinha, desta vez durante pronunciamento em rádio e TV.

“No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho como bem disse aquele conhecido médico, daquela conhecida televisão”, disse. O momento pode ser conferido no vídeo oficial do pronunciamento, a partir de 3 minutos.

A declaração se referia a um vídeo divulgado pelo médico Dráuzio Varella, em que ele comentava sobre a doença em janeiro do ano passado. Pouco tempo depois, o profissional de saúde gravou um novo vídeo reconhecendo que havia subestimado o coronavírus.

Lula

Ainda na live, Bolsonaro criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Sem citar nomes, o militar reformado chamou o líder petista de “carniça” e “presidiário”, e ainda atacou os ministros do governo Lula.

“Aqueles que dizem que sou terraplanista… O carniça, ontem, falou que ele devia procurar o Marcos Pontes, que é nosso ministro de Ciência e Tecnologia, que esteve no espaço, pra ele dizer pra mim que a Terra é redonda. Olha a qualidade do meu ministro da Ciência e Tecnologia e a qualidade dos ministros do presidiário, pra depois começar a discutir”, declarou.

“E não é só a Ciência e Tecnologia. Veja o padrão de todos os ministros meus e daqueles do governo do PT lá atrás. Lá atrás, a especialidade era outra (faz sinal de roubo), com cinco dedos. E nós sabemos pra onde foi o Brasil. Então, essas críticas baratas não procedem”, ironizou.

Governadores

O presidente também aproveitou a transmissão ao vivo para voltar a atacar os governadores do Brasil. Sem citar o nome de João Doria (SP), Jair Bolsonaro afirmou que o gestor de São Paulo teria feito uso político da mobilização junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pela liberação das vacinas contra o coronavírus. Ele continuou criticando o pacto de isolamento social e cuidados contra a Covid-19 mobilizado pelos governadores.

“Um recado aos governadores: todos nós estamos preocupados com a vida, mas uma pessoa sem salário, passando dificuldades e até mesmo com fome, pode levar a óbito. O Estado que fecha o comércio tem que pagar o auxílio emergencial também”, disse.

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