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Método usado contra ebola pode ser útil para vacina da Covid-19

 Método usado contra ebola pode ser útil para vacina da Covid-19

O método que foi utilizado para desenvolver uma possível vacina contra o ebola pode servir de norte para a imunização contra a Covid-19. A pesquisa do ebola foi feita pela farmacêutica americana Flow Pharma, em parceria com pesquisadores brasileiros.


De acordo com uma reportagem da Agência Fapesp, em um teste com camundongos, a vacina experimental contra o ebola foi capaz de, em uma única dose, imunizar a pessoa contra o vírus.


À publicação, o professor do Instituto do Coração (Incor) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Edécio Cunha Neto, afirmou que "uma abordagem semelhante à usada para desenvolver essa vacina contra o ebola pode ser possível de ser aplicada contra o novo coronavírus”. Edécio e Daniela Santoro Rosa, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), lideram o projeto em busca da possível vacina.

 A composição da antiviral contra o ebola é de fragmentos de proteínas (peptídeos) do vírus. Eles são capazes de estimular o sistema imune e induzir uma resposta protetora, quando encapsolados em partículas micrométricas.


Os pesquisadores fizeram um mapeamento de regiões da estrutura do vírus do ebola, para identificar onde esses peptídeos seriam mais atuantes, e isolaram essas regiões. Os critérios foram: as regiões deviam ser conservadas, para não haver muita variação entre uma e outra, e a capacidade de essas regiões serem reconhecidas pelo sistema imune da maioria das pessoas.

 Ainda segundo a Fapesp, a vacina experimental foi inoculada em camundongos geneticamente modificados (C57BL/6), usados como modelo de doenças humanas.



Os resultados do estudo indicaram que a vacina produziu uma resposta imune protetora nos animais 14 dias após uma única administração.



APLICAÇÕES NA COVID-19



Para os autores do estudo, o vírus Covid-19 também possui regiões conservadas onde é possível identificar peptídeos potenciais para o desenvolvimento de uma vacina experimental.



“Se agirmos agora, durante a pandemia de COVID-19, talvez seja possível coletar e analisar amostras de sangue e criar rapidamente um banco de dados de peptídeos ideais para inclusão em uma vacina com cobertura potencialmente ampla, com desenvolvimento e fabricação rápidas”, afirmam.
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