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A Rússia anunciou nesta segunda-feira (13) que concluiu parte dos testes clínicos necessários para comprovar a eficácia da imunização desenvolvida por iniciativa do governo. A expectativa é de que a distribuição da vacina comece já em agosto.

De acordo com a chefe do centro de pesquisas clínicas da Universidade Sechenov, Yelena Smolyarchuk, “a pesquisa foi concluída e provou que a vacina é segura”.

A vacina aprovada foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa para Epidemiologia e Microbiologia Gamalei. Segundo o diretor da instituição, Alexander Gintsburg, a previsão é que a vacina “entre em circulação civil” entre 12 e 24 de agosto.

Isso será equivalente a um teste de fase 3, já que as pessoas que receberem a vacina ficarão sob supervisão, informou a agência de notícias RIA. Os testes de fase 1 e fase 2 normalmente verificam a segurança de um remédio antes de este avançar para a fase 3, que testa sua eficiência em um grupo maior de voluntários.

Além disso, o Ministério da Saúde russo realizará esses últimos testes bioquímicos da vacina, mas espera finalizar o processo até setembro, mesmo mês para o qual Gintsburg prevê o início da produção em massa por laboratórios privados.


Globalmente, das 19 vacinas experimentais contra a Covid-19 em testes com humanos, só duas estão em testes finais de fase 3 — uma da chinesa Sinopharm e outra da AstraZeneca e da Universidade de Oxford, que tem parte do teste realizada no Brasil. A chinesa Sinovac Biotech deve se tornar a terceira no final deste mês, também com testes no Brasil.

Como os teste clínicos começaram em junho, a vacina russa está perto de ser distribuída. A Universidade Sechenov agrupou 38 voluntários remunerados para o estudo. Parte deles já receberá alta nesta quarta-feira (15), quando terão completado 28 dias em isolamento. A intenção foi protegê-los de outras possíveis infecções.

Os voluntários têm entre 18 e 65 anos e ainda serão monitorados por mais seis meses.

Também no mês passado, o exército russo iniciou uma outra frente de testes clínicos da vacina. O estudo vai durar dois meses e segue em andamento.

Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, a Rússia tem mais de 730.000 pessoas infectadas e já passou de 11.000 mortes causadas pela Covid-19.

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