Segundo o boletim atualizado do Ministério da Saúde, foram contabilizados mais 31.758 contágios em um único dia, cerca de 700 a mais que na última sexta-feira (30), que detinha a maior marca até então.
Com isso, o número de pessoas já infectadas pelo Sars-CoV-2 na Itália subiu para 679.430. O país também soma 38.618 mortes, após um crescimento de 297 neste sábado, maior número diário desde 6 de maio (369), ainda antes do fim do lockdown.
De acordo com o monitoramento semanal do Instituto Superior da Saúde (ISS), órgão científico do governo italiano, a pandemia está em “rápida piora” no país e se encaminha para um “cenário de tipo 4”, o mais grave de todos.
Esse estágio significaria transmissão descontrolada do vírus, com “criticidades para o sistema sanitário em curto prazo”, e prevê medidas “muito agressivas” para conter a crise. A Itália, segundo o governo, ainda está no “cenário 3”, mas quatro regiões (Calábria, Emilia-Romagna, Lombardia e Piemonte), além da província de Bolzano, já chegaram ao estágio 4.
Em meio à aceleração da pandemia, o comitê técnico-científico do governo convocou uma reunião de emergência neste sábado para discutir possíveis novas medidas para frear a curva de contágios. “Os critérios são: máxima precaução, adequação e proporcionalidade. Estamos trabalhando para entender se será preciso intervir”, disse o premiê Conte em evento promovido por um jornal em Roma.
De acordo com o Ministério da Saúde, a Itália ainda contabiliza 289.426 pacientes curados e um recorde de 351.386 casos ativos, sendo que 1.843 estão internados em UTIs, maior número desde 28 de abril (1.863). Outro recorde registrado neste sábado é o de exames RT-PCR processados, com 215.886 em 24 horas.
Conte já decretou o fechamento de academias, piscinas, teatros e cinemas e a limitação do horário de funcionamento de bares e restaurantes até as 18h.
Algumas regiões foram ainda mais longe e impuseram toque de recolher noturno, como Lombardia, Lazio e Campânia, as três mais populosas do país. Em Roma, capital da Itália e do Lazio, manifestantes entraram em confronto com a polícia em um protesto neste sábado contra as medidas anti-Covid.
“Estão em curso reuniões incessantes para o próximo
decreto, que certamente será mais restritivo”, disse o ministro das
Relações Exteriores, Luigi Di Maio, ainda durante a manhã. (ANSA).
0 Comments:
Postar um comentário