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Como os smartphones mudaram o destino da fotografia tradicional



A evolução da fotografia ao longo das décadas sempre foi significativa, mas nada comparado à revolução que os smartphones fizeram com os métodos fotográficos tradicionais. Se antes era preciso uma série de equipamentos profissionais e o correto manejo deles, hoje qualquer pessoa pode tirar fotos espetaculares com apenas o aparelho celular na mão.

A popularização dos smartphones e o aumento do uso das redes sociais como promoção pessoal exige que o mercado esteja em constante inovação. Somente no Brasil, existem atualmente mais de 230 milhões de aparelhos em uso, segundo pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP).

Com o celular você só precisa apertar um botão. As configurações estão mais precisas e auxiliam bastante na hora de registrar uma imagem em qualquer tipo de ambiente, com boa ou pouca iluminação. Além disso, existem vários aplicativos que ajudam a aperfeiçoar as fotos, alguns até gratuitos, e que fazem as correções necessárias de forma automática.

Repercussão no mercado fotográfico

A era moderna fotográfica ficou marcada pela inserção das câmeras Kodak no mercado. Ela foi uma das primeiras acessíveis aos leigos, lançada no final do século XIX. De lá para cá, foram várias as etapas do processo de revelação que começaram com os rolos, depois permitiam a impressão instantânea das próprias câmeras até chegar nos arquivos digitais.

No início dos anos 2000, os celulares começaram a ganhar espaço e receberam outras funcionalidades substituindo uma variedade de equipamentos, como alarmes, agendas, pagers, calculadora e as câmeras. Enquanto as grandes empresas de tecnologia seguem investindo na qualidade da imagem desses aparelhos, as fabricantes de câmeras profissionais parecem não conseguir acompanhar essa mudança na mesma proporção.

Primeiro, a facilidade no uso delas parece não ser uma prioridade para os fabricantes. Quem adquire uma DSLR ou uma Mirrorless precisa saber mexer nas configurações, que não são nada intuitivas. E ainda, é necessário um alto investimento em lentes, e outros equipamentos para conseguir os melhores cliques. Fora o fato de precisar carregar a bolsa cheia de aparatos é uma grande desvantagem.

Ainda assim, a melhor qualidade continua sendo das câmeras manuais. Principalmente para se fazer imagens de esportes e do mundo selvagem, que precisem ser à distância. A estabilidade para capturar fotos de ação e velocidade também é um ponto positivo para elas. Mas isso deve mudar.

O futuro da fotografia

O que se especula a respeito do futuro da fotografia é que os smartphones devem dominar o mercado com lentes e sensores cada vez mais sofisticados. Os algoritmos dos softwares estão sendo desenvolvidos com a tecnologia de inteligência artificial.

Esqueça sobre ISO, abertura do diafragma ou velocidade do obturador. É possível que  num futuro próximo o celular consiga fazer uma análise dos cenários e gerar uma melhor composição das fotos de forma automatizada. Na prática, a expertise de um fotógrafo profissional não será necessária.

Mas isso não significa que as câmeras manuais deixarão de existir. Nem mesmo a profissão de fotógrafo. A tendência é que esse mercado vire um micro-nicho. Quem gosta da sensação de estar no controle de cada detalhe, de fazer uma imagem com seu estilo e a sua visão de mundo – que é única – não vai permitir que a fotografia dedicada seja extinta.
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