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No início de junho deste ano, a Igreja Adventista do Sétimo Dia de Goiânia foi denunciada por racismo por um jovem de 22 anos. Pedro Henrique alegou que o pastor local o impediu de se apresentar no templo, porque considerou o seu cabelo ‘black power’ inadequado.

No entanto, o músico não é o único e nem o primeiro a ouvir de colegas religiosos que o próprio visual é inadequado para a igreja por causa dos fios afros.

Três mulheres passaram por situações semelhantes como a de Pedro. Vale lembrar que, a injúria racial é um crime previsto no Código Penal, que estabelece pena de reclusão de 1 a 3 anos.

 

Sarah, uma jovem negra de cabelo ‘black power’, conta que passou por um momento muito constrangedor dentro de uma igreja evangélica.

“Sou evangélica desde criança e frequentei vários tipos de igreja. Tenho cabelo crespo cacheado. Ele é bem volumoso e sempre chamou atenção. Um dia, quando eu tinha 15 anos, fui para o culto com ele molhado. Do nada, uma fiel com quem eu nunca tinha conversado chegou em mim e falou: ‘Nossa, que bom que você veio com o cabelo molhado hoje. Não gosto dele daquele outro jeito, porque é muito extravagante. Você devia usar assim sempre’. Foi uma situação muito constrangedora. Não consegui mais voltar àquele lugar. A gente sabe que isso é um tipo de racismo, porque o cabelo crespo é uma forma de resistência.”

Apesar do trauma, ela continua frequentando uma igreja evangélica e disse que sempre traz o tema para debater com os jovens.

“A igreja que frequento atualmente abre bastante o debate sobre o assunto. Trabalho com adolescentes na minha congregação, então sempre trago o tema para debate.”

 

 

Mulheres negras denunciam racismo dentro de igrejas evangélicas

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