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Polícia usa drones com infravermelho para localizar 'serial killer do DF' e Força Nacional entra nas buscas

 Na perseguição a Lázaro Barbosa de Sousa, 32, acusado de assassinar brutalmente uma família no Distrito Federal, a polícia recorreu a drones equipados com infravermelho.



Capaz de identificar movimentos no meio da mata, a tecnologia está sendo usada principalmente à noite. É nesse período, afirma a coordenação da força-tarefa, que Sousa abandona os lugares onde se esconde durante o dia para buscar alimentos e continuar a fugir do cerco policial.

"Estamos utilizando os drones para tentar, principalmente à noite, visualizar algum movimento dele", disse o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda. "Temos a informação de que ele se movimenta à noite. Então esses drones podem captar algum movimento em alguma clareira, em algum ponto aberto nessa mata."

Nesta quinta-feira (17), a perseguição ao "serial killer do DF", como Sousa tem sido chamado, entrou em seu nono dia. O Ministério da Justiça enviou um grupo de 20 integrantes da Força Nacional para ajudar nas buscas.

Foram mobilizadas centenas de agentes de segurança de Goiás e da capital do país. Segundo as autoridades, Sousa é experiente em se movimentar em uma região de muitas chácaras e de mata e, por isso, vem conseguindo furar o cerco policial.

As buscas se concentram nas cercanias de Edilândia (GO), povoado localizado no entorno do DF a pouco menos de 100 km de Brasília.

Helicópteros e cães farejadores são usados na operação, e barreiras foram montadas nas rodovias que cortam a região. As polícias Federal e Rodoviária Federal auxiliam no trabalho.

O governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou na quarta-feira (16) ainda que Sousa faz "quase como de bobas" as forças de segurança envolvidas nas buscas.

Para tentar demonstrar alinhamento na ação policial, o chefe da Segurança Pública de Goiás, que coordena os trabalhos, concedeu entrevista nesta quinta no centro operacional das buscas ao lado do titular da pasta do DF, Júlio Danilo.

"Estamos imbuídos no mesmo propósito, em resolver esse problema, que é complexo, grave, de difícil resolução", afirmou Miranda. E Danilo disse que "o DF confia plenamente nessa coordenação [de Goiás]".

Na semana passada, Sousa invadiu uma chácara em Ceilândia (DF), possivelmente para roubar, segundo apontam as investigações, e matou um casal e dois filhos.

Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, Gustavo Vidal, 21, e Carlos Eduardo Vidal, 15, foram assassinados no local. Os corpos estavam sob folhas para que não fossem vistos pelas buscas aéreas da polícia.

Cleonice Andrade, 43, foi levada como refém e seu corpo foi localizado três dias depois às margens de um córrego, sem roupas. De acordo com a polícia, a vítima foi executada com tiro na nuca.

Desde então, relatos apontam que ele invadiu outras propriedades no DF e em Goiás, trocou tiros com um funcionário de uma fazenda, roubou armas e veículos e obrigou um caseiro a cozinhar e fumar maconha com ele.

Além do quádruplo latrocínio (matar para roubar) em Ceilândia, é atribuída a ele uma tentativa do mesmo tipo penal em 2020, ao invadir uma chácara em Goiás para roubar e atingir um idoso com um machado.

O fugitivo possui condenação por duplo homicídio na Bahia. É considerado foragido da Justiça também por crimes de estupro, roubo à mão armada e porte ilegal de arma de fogo, acusação que à cadeia em 2013 no DF.

Após três anos, progrediu para o regime semiaberto e fugiu da cadeia. De acordo com informação da Secretaria de Administração Penitenciária do DF, ele não retornou ao sistema após uma saída temporária.

Em 2018, Sousa foi preso pela polícia de Goiás, mas conseguiu escapar novamente. Desde então, vinha sendo procurado pela polícia.

"Estamos lidando com um psicopata", disse Miranda. "Uma pessoa que, se puder, vai fazer refêm; se puder, vai matar."

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