O diretor do laboratório da cidade chinesa de Wuhan negou categoricamente neste domingo (19) as acusações de ter sido a fonte do novo coronavírus.
A China, primeiro país a identificar a transmissão do vírus, tem sido cada vez mais questionada por outros países sobre a maneira como administrou o início da pandemia e a transparência nas informações divulgadas ao mundo.
Cientistas chineses afirmaram que o vírus provavelmente foi transmitido de um animal para os humanos em um mercado que vendia animais silvestres. No entanto, o governo dos Estados Unidos afirmou nesta semana investigar se o vírus teve origem em um instituto de virologia chinês que possui um laboratório de biossegurança.
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Algumas das teorias difundidas na internet afirmam que o vírus se propagou a partir do Instituto de Virologia de Wuhan, de um laboratório P4 equipado para administrar vírus com altíssimo potencial de contágio de pessoa para pessoa.
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"É impossível que este vírus venha de nós", afirmou em uma entrevista à imprensa estatal Yuan Zhiming, diretor do laboratório de Wuhan. Nenhum funcionário foi infectado, declarou ao canal CGTN.
O instituto já rebateu as teorias em fevereiro e afirmou que compartilhou informações sobre o patógeno com a OMS (Organização Mundial da Saúde) no início de janeiro.
Durante a última semana, novos rumores ganharam força nos Estados Unidos. O secretário de Estado Mike Pompeo afirmou, em entrevista ao canal Fox News, que funcionários do governo norte-americano fazem uma "investigação completa" sobre como o vírus se propagou pelo mundo.
De acordo com o jornal Washington Post, a embaixada dos Estados Unidos em Pequim alertou o governo norte-americano em 2018 de que as medidas de segurança tomadas pelo laboratório, que estudava o coronavírus em morcegos, seriam insuficientes.
Como o laboratório P4 fica em Wuhan, "as pessoas não conseguem evitar fazer associações", lamentou Yuan, antes de acusar alguns meios de comunicação de "tentar deliberadamente enganar as pessoas com informações completamente baseadas em especulações, sem provas".
Após as autoridades de Wuhan tentaram inicialmente acobertar o surto, há cada vez mais dúvidas sobre a fiabilidade das informações divulgadas. Na última semana, as autoridades da cidade admitiram erros no registro de mortes e aumentaram o balanço de vítimas fatais em 50%.
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