A
Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (4), na
Bahia, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Rondônia, Maranhão e São
Paulo, uma operação que visa combater fraudes ao Auxílio Emergencial
disponibilizado pelo governo federal, em função da pandemia de
coronavírus. De acordo com a
PF, cerca de 100 policiais federais cumprem as medidas judiciais
simultaneamente nos estados. Ao todo, são 28 mandados de busca e sete
mandados de sequestros de bens, perfazendo um total de mais de R$ 170
mil bloqueados por determinação judicial.
Ainda
segundo a PF, para a deflagração da Operação Quarta Parcela, foram
instaurados inquéritos independentes em cada estado, com expedição de
mandados pela Justiça de cada ente federativo. Apenas a ação de
cumprimento desses mandados é que foi coordenada entre as equipes de PF
de cada estado. Os objetivos da
atuação conjunta e estratégica são a identificação de fraudes massivas e
a desarticulação de organizações criminosas que atuam causando
prejuízos ao programa assistencial e, por consequência, atingindo a
parcela da população que necessita desses valores.
Na Bahia, há também três mandados de prisão preventiva, no município de São Gonçalo dos Campos. Especificamente
em relação aos crimes ocorridos no estado baiano, apurou-se que os
investigados cadastraram no aplicativo Caixa Tem mais de 60 contas em
nome de terceiros, para recebimento do Auxílio Emergencial de forma
fraudulenta. Esses valores eram transferidos imediatamente através de
depósitos e boletos bancários, para contas vinculadas ao grupo. A
emissão dos boletos era feita pelos próprios suspeitos, resultando num
prejuízo superior a R$ 40 mil.
A
Polícia Federal ainda destaca que há a suspeita de que a fraude seja
muito maior, na medida em que os dados se referem a um curto período
analisado, entre abril e junho de 2020, e apenas àquelas fraudes
contestadas pelas vítimas. A
operação resulta do trabalho conjunto da Polícia Federal, Ministério
Público Federal, Ministério da Cidadania, Caixa Econômica Federal,
Receita Federal, Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contas da
União, Instituições que participam da Estratégia Integrada de Atuação
contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (EIAFAE). Os autores das fraudes responderão pelos crimes de furto qualificado mediante fraude, com pena de 2 a oito anos de reclusão.
FONTE: G1
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