Sábado (4), 11h e o portão que dá acesso ao Lava Jato Sinistro ainda estava trancado com cadeado e os equipamentos desligados. No muro havia um saco de plástico preto em sinal de luto. Isso por que o dono, o também lutador de jiu-jitsu e MMA Remerson Silva dos Santos, 24 anos foi assassinado com sete tiros ainda na propriedade no início da tarde desta sexta-feira (3), no bairro de Campinas de Pirajá, em Salvador.
Remerson foi morto por dois homens numa moto. Ele chegou a ser socorrido ao Hospital do Subúrbio, mas não resistiu aos ferimentos no tórax, nádegas e coxa. O dono do lava jato e lutador teria se envolvido com a mulher de um dos integrantes da facção BDM.
Crime
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Remerson foi baleado ainda dentro do seu lava jato
O crime aconteceu por volta das 13h30, na Estrada Velha de Pirajá, depois da Escola Municipal Filhos de Salomão. Remerson tinha acabado de voltar da hora do almoço, quando foi surpreendido por dois homens numa moto. Um vigilante que contou para a família que a moto se aproximou dele e o carona atirou”, contou a tia de Remerson, Andréa Carla Cavalcante da Silva, na manhã deste sábado, durante a liberação do corpo do rapaz no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IMLRN).
Andréa disse que não sabe o motivo da execução, mas a família descarta uma coisa: Remerson nunca teve envolvimento com a criminalidade. “Nunca foi preso. Não bebia, não fuma, não usava drogas. Ele era apaixonado pelo esporte. Quando pequeno, ele era gordinho e conseguiu perder peso fazendo esportes e pegou gostou”, disse a tia.
Tráfico
O Correio esteve pela manhã no lava-jato, cena do crime. Poucas pessoas aceitaram falar sobre um assunto, entre eles um morador, que preferiu não relevar o nome por uma questão de segurança. Ele conhecia Remerson. “Era um rapaz bonito, esportista, trabalhador, um exemplo para muita gente e foi morto desta forma, de uma forma covarde. Eles têm que pagar. Justiça tem que ser feita”, desabafou. Questionado em relação aos responsáveis pelo crime, o morador não hesitou em dizer quem foi o mandante do crime. Remerson havia se relacionado com uma mulher, sem saber que ela era também namorada do traficante. Ele ficou com ela uns dois meses, mas há um mês largou ela ao saber de tudo”, contou ele.
Lava jato
Nascido e criado em Campinas de Pirajá, Remerson trabalhava como motorista numa distribuidora de alimentos no bairro. Mas sempre quis ser dono do próprio negócio. Foi quando decidiu abrir há seis meses o Lava jato Sinistro. “Ele pediu demissão e pegou o dinheiro para abrir o negócio dele. Ele abriu para morrer nele”, lamentou a tia do rapaz, Andréa Carla Cavalcante da Silva.
Esportista, ele participou de vários campeonatos de jiu-jitsu, entre eles estaduais pela Federação de Jiu-jitsu do Estado da Bahia (FJJEBA) e colecionou medalhas. Ele também competia lutando MMA.Informações colhidas do Correio
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