Estudo constata que crianças em contato com violência podem ter alterações no cérebro
As capacidades de empatia e a memória nos cérebros de jovens de 9 a 13 anos, podem ser prejudicadas por abuso sexual, agressões físicas de familiares ou colegas de escola, ao testemunhar violência contra terceiros e até mesmo ser ofendido, segundo pesquisa do Instituto do Cérebro (InsCer).
Os estudos mostraram, segundo a Folha de S. Paulo, que a pessoas entre essas idades e expostas violência tinham maior chance de não distinguir emoções alheias e falhar em testes de atenção.
Essas observações foram feitas em uma pesquisa do InsCer (Instituto do Cérebro), da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul),
Alunos de escolas estaduais de Porto Alegre foram estudados durante a pesquisa feita pelo InsCer na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. O estudo teve apoio do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
A capital gaúcha foi escolhida porque foi considerada, em 2015, uma das 50 cidades mais violentas do mundo em um trabalho da organização Seguridad, Justicia y Paz. Em 2016, Porto Alegre registrou 55,6 assassinatos a cada 100 mil habitantes.
Durante a pesquisa os estudantes responderam um questionário sobre experiências com violência.
Fios de cabelo dos jovens foram recolhidos pelos cientistas para verificar a presença de cortisol, substância ligada ao estresse. A presença do hormônio já era esperada naqueles mais próximos à violência, mas o teste era necessário para confirmar os resultados dos relatos.
Os testes incluíram ainda reconhecimento de emoções enquanto a atividade cerebral era observada por ressonância magnética.
Por fim os cientistas observaram que os estudantes mais próximos à violência falham mais frequentemente no reconhecimento de emoções ao observarem expressões faciais.
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