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Correios diz que 83% dos funcionários estão trabalhando e que greve não afeta serviços

 

Apesar da paralisação de parte dos funcionários, os Correios afirmam que 83% do efetivo de todo país ainda está trabalhando e garante que a decisão da categoria de parar não afeta os serviços de atendimento. Os dados foram levantados pela estatal após um levantamento parcial realizado na terça-feira (18). A paralisação começou segunda (17).

Em nota, a empresa afirma que já colocou em prática um Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas.

Conforme a estatal, os serviços como SEDEX e PAC continuam sendo postados e entregues pelo Brasil. Mais informações sobre como segue o funcionamento dos Correios podem ser obtidas pelo telefone 0800 725 0100 ou pelo endereço dos Correios.

Paralisação

Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (FENTECT) os grevistas são contra a privatização da estatal, reclamam do que chamam de “negligência com a saúde dos trabalhadores” na pandemia e pedem que direitos trabalhistas sejam garantidos.


Além de não terem chegado a um acordo com a empresa em termos salariais, os sindicatos querem marcar posição contra os planos do governo federal de privatizar a empresa. A FENTECT informou que tenta, desde o início de julho, dialogar com a direção dos Correios, mas sem sucesso.

De acordo com texto publicado no site da Federação, “Foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras.”

Em nota, os Correios afirmam que as reivindicações da FENTECT iriam custar aos cofres da estatal R$ 1 bilhão, 10 vezes o lucro que teria sido obtido em 2019.

“Diversas comunicações inverídicas e descontextualizadas foram veiculadas, com o intuito apenas de provocar confusão nos empregados acerca dos termos da proposta. À empresa, coube trazer as reais informações ao seu efetivo: nenhum direito foi retirado, apenas foram adequados os benefícios que extrapolavam a CLT e outras legislações, de modo a alinhar a estatal ao que é praticado no mercado”, diz.

“Os trabalhadores continuam tendo acesso ao benefício do Auxílio-creche, para dependentes com até 5 anos de idade. Os tíquetes refeição e alimentação também continuam sendo pagos, conforme previsto na legislação que rege o tema, sendo as quantidades adequadas aos dias úteis no mês, de acordo com a jornada de cada empregado: 22 tíquetes para quem trabalha de segunda a sexta-feira e 26 tíquetes para os empregados que trabalham inclusive aos sábados ou domingos”, continua

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