Mais de uma centena de nicaraguenses que ficaram mais de duas semanas bloqueados na fronteira com a Costa Rica conseguiram voltar neste domingo (2) para seu país, após testarem negativo para a COVID-19, em exames feitos com ajuda de organizações particulares, informou a Imigração costa-riquenha.
Um grupo de 148 nicaraguenses conseguiu entrar em seu país, enquanto outros 21 que testaram positivo ao novo coronavírus terão que permanecer no país vizinho, onde recebem atendimento médico em barracas de campanha, fornecidas pelas empresas privadas, informou a Direção de Imigração da Costa Rica em um comunicado.
"Hoje (domingo), obtivemos resultados que nos alegram a todos: quase 90% estarão cruzando (a fronteira) para seu país", disse Lina Barrantes, diretora da Fundação Arias, uma das organizações que obteve apoio internacional para realizar os exames do novo coronavírus.
Cerca de 300 nicaraguenses ficaram bloqueados ao tentar voltar ao seu país, depois que o governo de Daniel Ortega lhes exigiu um exame negativo de COVID-19 para deixá-los entrar.
Dezessete voltaram para a Costa Rica e cerca de uma centena foram admitidos na Nicarágua por razões humanitárias.
Em vista do preço de mais de 100 dólares dos exames, os nicaraguenses, que na maioria perdeu o emprego na Costa Rica pela pandemia, tiveram que permanecer entre os postos fronteiriços em condições precárias, expostos ao sol e à chuva, e dependentes da ajuda de organizações civis para se alimentar.
Diante disso, as ONGs costa-riquenhas Fundação Arias e Centro de Direitos Trabalhistas obtiveram recursos da cooperação internacional para comprar exames para a COVID-19, que foram aplicados na sexta.
A Clínica Bíblica, privada, que fez os exames, atenderá os 21 nicaraguenses que restaram positivo e a organização internacional Corner of Love se encarregará de sua alimentação, indicou a Imigração.
0 comentários:
Postar um comentário